Itabirito
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Município de Itabirito |
"Cidade Encanto" |
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Hino |
Fundação |
7 de setembro de 1922 (98 anos) |
Gentílico |
itabiritense |
Lema |
Cidade Viva |
Prefeito(a) |
Orlando Caldeira () ( Cidadania), (2021 – 2024) |
Localização |
Localização em Minas Gerais
Localização no Brasil |
20° 15' 10" S 43° 48' 03" O |
Unidade federativa |
Minas Gerais |
Mesorregião |
Metropolitana de Belo Horizonte IBGE/2008 [1] |
Microrregião |
Ouro Preto IBGE/2008 [1] |
Região metropolitana |
Belo Horizonte |
Municípios limítrofes |
Ouro Preto, Moeda, Santa Bárbara, Conselheiro Lafaiete, Barão de Cocais. |
Distância até a capital |
55 km |
Características geográficas |
Área |
543,007 km² [2] |
População |
45 484 hab. Censo IBGE/2010[3] |
Densidade |
83,76 hab./km² |
Altitude |
823 m |
Clima |
Tropical de altitude |
Fuso horário |
UTC−3 |
Indicadores |
IDH |
0,786 médio PNUD/2000 [4] |
PIB |
R$ 1 070 387,829 mil IBGE/2008[5] |
PIB per capita |
R$ 24 712,28 IBGE/2008[5] |
Itabirito é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Segundo informações do IBGE, o município contava com uma população de aproximadamente 45 mil habitantes em 2010, e uma área de 543 km².
História
Foi no século XVIII, entre 1706 e 1709, que o Capitão-Mor Francisco Homem Del Rey e o piloto da Nau Nossa Senhora da Boa Viagem, Luiz de Figueiredo Monterroyo chegaram na região em busca de ouro. A partir de 1752, já na condição de Distrito Colonial de Vila Rica, recebeu o nome de Itabira do Campo, que o identificou até o ano de 1923, quando emancipou-se politicamente em 7 de setembro, com o nome de Itabirito, originário do Tupi, que significa "pedra que risca vermelho", nome este que denomina um minério de ferro abundante na região.
O fato de a cidade se localizar exatamente entre Ouro Preto e o antigo Curral Del Rey, local escolhido para se tornar a nova capital de Minas Gerais, tornou a cidade um ponto estratégico de parada dos tropeiros que transitavam pelas montanhas entre as duas localidades.
No final do século XVII, as descobertas de ouro nas imediações de Sabará e Ouro Preto provocaram um grande deslocamento de pessoas para a região central de Minas Gerais. Colonos e imigrantes de vários lugares começaram a povoar as terras que, em pouco tempo, transformaram-se em arraiais, freguesias e vilas.
Os povoamentos iniciais na sede e nos distritos de Itabirito (Acuruí, São Gonçalo do Bação e São Gonçalo do Monte) são contemporâneos às primeiras explorações auríferas em Minas. Durante esse período destacam-se: a presença do Distrito de Acuruí (antigo Rio das Pedras) em um dos braços da Estrada Real, ligando Sabará a Ouro Preto; o Pico de Itabirito como marco geográfico para os deslocamentos das expedições pelo Rio das Velhas; e a edificação de grande parte dos antigos templos religiosos de Itabirito.
As atividades de mineração do ouro na Sede e em Acuruí continuaram ativas e influenciaram a economia regional até meados do século XIX, apesar dos sinais de esgotamento de boa parte das jazidas em Minas Gerais. Conectadas às atividades comerciais, agrícolas e pecuárias as extrações auríferas ajudaram a minimizar os efeitos da crise mineratória nessas localidades. No entanto, a partir de 1845, as evidências de diminuição dos rendimentos das lavras e faiscações e o desabamento da Mina de Cata Branca (a principal da região) começaram a provocar um expressivo desaquecimento econômico que refletiu-se na vida social e cultural da população local.
Esse cenário arrastou-se até a década de 1880, quando as instalações dos trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II, a abertura de empresas nos ramos da siderurgia, quando foi criado a Usina da Esperança em 1888, iniciando sua produção em 1891, constituindo a pioneira do ramo siderúrgico na América Latina, empresas de tecidos e couro e o crescimento da população passaram a modificar a feição da Sede de Itabirito (antiga freguesia de Itabira do Campo). Aos poucos, a antiga paisagem colonial começou a ser substituída pela paisagem industrial. Esse desenvolvimento tornou-se a base de sustentação para os desejos de emancipação municipal, realizada em 7 de setembro de 1923.
Itabirito está inserida na região do Quadrilátero Ferrífero e abriga importante atividade de exploração de minério, além de outros ramos dinâmicos nos setores da indústria e de serviços. Atualmente, o município desenvolve-se buscando equilibrar as necessidades do presente e a valorização do seu patrimônio cultural, referência importante sobre as histórias que antecederam ou acompanharam a formação de Itabirito. Estamos construindo uma visão que entende a importância da memória, do passado, nas projeções do presente e do futuro.
Geografia
Situado no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, sua economia gira em torno da mineração, siderurgia e comércio, sendo que os dois últimos dependem invariavelmente da atividade mineral desempenhada no município.
Localiza-se na latitude 20º 15' 12" sul e longitude 43º 48' 05" oeste, estando a uma altitude média de 901 metros, predominando o clima tropical de altitude, de tipo Cwb na classificação climática de Köppen, com verões temperados e úmidos e invernos secos, são registradas geadas ocasionais no município. O ponto culminante de Itabirito é encontrado no Pico do Itabirito, monolito de hematita com de 1.586 metros. O município é cortado pela Rodovia dos Inconfidentes rodovia esta de facil acesso, porem deve-se tomar muito cuidado, pois a estrada possui muitas curvas, situando-se à meia distância entre Ouro Preto (48 km) e Belo Horizonte (55 km).
Turismo
Culinária típica
O pastel de angu de Itabirito é muito famoso e considerado patrimônio cultural da cidade[6]. Há uma variedade grande de recheios. A cidade realiza inclusive a Festa do pastel de Angu desde 2000[7], que envolve degustação da quitanda, quadrilhas, apresentações musicais e apresentações folclóricas.[6]
Julifest
A gastronomia e a famosa forma acolhedora de receber dos mineiros atraem turistas de todos os estados do Brasil. Em Itabirito, não é diferente. A cidade reúne ingredientes de qualidade em uma receita de sucesso com a tradicional Julifest, que todos os anos acontece na segunda semana do mês de Julho, na Praça dos Inconfidentes. São quatro dias de evento com o melhor da música popular brasileira, infraestrutura e segurança completas, muita gente bonita e quitutes de dar água na boca. As barracas, que retratam as construções típicas da zona rural, são construídas pelos próprios moradores e oferecem várias delícias da culinária itabiritense como, por exemplo, o famoso pastel de angu que é o prato típico da cidade. Outras delícias como frango ao molho pardo, feijão tropeiro, caldos, vinho quente, pinga com mel, quentão, canjica, doces, umbigo de banana com angu e carne, podem ser encontradas durante os quatro dias de festa.